MCP vs. Monólitos e Microservices: qual abordagem escolher?

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Talvez você já tenha brincado com LLMs, ou até mesmo criou um agente de IA... mas e agora? Como fazer ele interagir de verdade com seu sistema, acessar dados, chamar APIs, ser mais do que um "papagaio inteligente"? Esse é o verdadeiro desafio da integração!
Contextualizando: arquiteturas na era da IA
Você já conhece as arquiteturas tradicionais que estruturam nossas aplicações:
- Monolito: toda a aplicação reunida num único bloco de código.
 
- Microservices: aplicação dividida em vários serviços independentes.
 
Integrar IA nestes ambientes não é trivial. Surgem problemas como complexidade, escalabilidade e manutenção das integrações.
É aqui que entra o Model Context Protocol (MCP), um padrão aberto criado para facilitar a conexão de agentes de IA com ferramentas e dados externos. Pense nele como o USB-C da integração de IA: uma solução padronizada que conecta facilmente agentes inteligentes às ferramentas externas.
Neste artigo, você entenderá exatamente como essas arquiteturas se comportam na integração com IA, e como o MCP pode ajudar você a projetar aplicações mais eficazes.
1. Monolitos: integração de IA "Raiz"
Monolito é uma aplicação estruturada como um único bloco executável.
Cenário sem MCP:
Um chatbot dentro do monolito acessa diretamente o banco de dados e APIs internas através de código específico e acoplado.
- Vantagem: Simplicidade inicial e transacionalidade fácil.
 
- Desvantagens:
 - Alto acoplamento (difícil de evoluir).
 - Escalabilidade difícil (escalar toda aplicação).
 - Complexidade crescente.
 
Quando usar: para provas de conceito simples e rápidas com poucas ferramentas integradas.
Microservices: isolando IA com desafios na comunicação
Microservices são serviços independentes que se comunicam via APIs.
Cenário sem MCP:
Um 
AgentService isolado chama diretamente APIs específicas de outros serviços, criando integrações ponto a ponto.- Vantagens:
 - Escalabilidade e isolamento.
 - Uso de stacks tecnológicas especializadas para IA.
 
- Desvantagens:
 - Complexidade de comunicação.
 - Orquestração difícil.
 - Gerenciamento manual de múltiplas APIs.
 
Quando usar: equipes maduras e aplicações distribuídas com forte necessidade de escalabilidade independente.
MCP: o padrão de integração de IA que faltava
O Model Context Protocol (MCP) não é uma arquitetura, mas sim um protocolo de integração entre o agente de IA e as ferramentas externas.
Imagine-o como o USB-C das integrações de IA: uma interface única e universal que conecta facilmente o agente às ferramentas necessárias.
Como funciona o MCP:
- Host: ambiente onde vive o agente IA.
 
- Client: componente do Host que gerencia comunicação MCP.
 
- Server: fornece as ferramentas (DB, APIs, arquivos).
 
Exemplo prático:
Um chatbot precisa saber quantos novos usuários existem:
- Usuário pergunta ao chatbot.
 
- O agente consulta ferramentas disponíveis.
 
- Decide que ferramenta utilizar (
getNewUsers). 
- Client MCP envia pedido ao Server MCP apropriado.
 
- Server executa tarefa (consulta banco de dados).
 
- Resposta retorna via MCP para o agente.
 
- Agente responde ao usuário.
 
Benefícios do MCP para IA:
- Padronização da integração.
 
- Desacoplamento da lógica da IA.
 
- Facilidade para adicionar/trocar ferramentas ou LLMs.
 
- Segurança e clareza na comunicação.
 
- Descoberta dinâmica de ferramentas.
 
Comparação prática: integrar IA com ou sem MCP
Monolito:
- Sem MCP: simples, porém rígido e difícil de escalar.
 
- Com MCP: complexidade inicial um pouco maior, mas altamente flexível e desacoplado.
 
Microservices:
- Sem MCP: flexível, mas comunicação complexa e manual.
 
- Com MCP: melhor solução com isolamento e comunicação padronizada.
 
Critério  | Monolito sem MCP  | Monolito com MCP  | Microservices sem MCP  | Microservices com MCP  | 
Flexibilidade  | Baixa  | Alta  | Média  | Muito Alta  | 
Capacidade de escalar IA  | Baixa  | Média-Alta  | Alta  | Muito Alta  | 
Facilidade de integração  | Alta (inicialmente)  | Média  | Média  | Alta  | 
Troca de ferramentas/LLMs  | Difícil  | Fácil  | Médio  | Muito Fácil  | 
5. Quando usar MCP em projetos com IA
Considere MCP quando:
- Você tiver muitos serviços e APIs externas para conectar à IA.
 
- Houver previsão de mudança constante das ferramentas ou LLM.
 
- Precisar desacoplar claramente o agente da integração.
 
Talvez não precise MCP quando:
- A integração da IA for simples e pontual.
 
- O projeto for pequeno e com poucas mudanças previstas.
 
Heurística prática:
- Comece simples: adicione MCP quando a complexidade começar a aparecer.
 
- Padronização é investimento: avalie se o benefício compensa a complexidade inicial.
 
Conclusão: construindo aplicações inteligentes com confiança
Monolitos e microservices são estruturas para sua aplicação. MCP é o elo que faltava para integrar facilmente IA a ferramentas externas, independente da arquitetura base.
Construir aplicações inteligentes exige pensar não só na inteligência, mas na conexão eficaz dela com o restante do sistema. O MCP é uma peça fundamental nesse quebra-cabeça.
E aí, como você tem integrado IA nos seus projetos? Já enfrentou desafios nessa área? Que tal compartilhar suas experiências e aprender ainda mais com outros devs na comunidade Rocketseat?
Vamos juntos construir o futuro com IA.
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