5 Princípios essenciais que todo desenvolvedor deve conhecer
Faaaala Dev! Mayk Brito na área! Hoje vamos explorar algo que vai além de saber programar. Quando você começa no mundo da tecnologia, pode ser tentador se concentrar apenas em aprender o último framework ou dominar uma nova linguagem. Mas sabe o que realmente vai elevar o seu nível como dev? Princípios essenciais de desenvolvimento. São eles que fazem a diferença entre ser alguém que só escreve código e um desenvolvedor que cria soluções escaláveis, elegantes e, acima de tudo, que resolvem problemas de verdade.
Se você quer se destacar e construir algo de valor para as pessoas, é hora de mergulhar nesses princípios. Vamos juntos?
O valor de conhecer os princípios fundamentais
Sabe qual é o segredo dos melhores devs? Eles não focam só em aprender as ferramentas da moda. Eles dominam os fundamentos! Esses princípios são como as raízes que sustentam qualquer aplicação, seja ela pequena ou gigantesca. Ferramentas vão e vêm, mas os fundamentos permanecem. Com eles, você vai escrever código mais limpo, vai colaborar melhor com outros devs e vai ser mais eficiente. E sabe o melhor? Esses princípios são aplicáveis em qualquer linguagem ou projeto.
Agora, sem mais delongas, vamos direto ao ponto: os 5 princípios essenciais que todo dev precisa dominar.
1. KISS (Keep it simple, stupid)
KISS é uma sigla famosa que significa "Mantenha a simplicidade, estúpido". Mas calma, não estou te chamando de estúpido, não! 😅 O que essa frase realmente quer dizer é que simplicidade é poder. No mundo da programação, quanto mais simples e direto o seu código, mais fácil será para qualquer pessoa — incluindo o seu "eu" do futuro — entender, manter e refatorar.
A simplicidade também é crucial para melhorar a performance do time, a comunicação entre desenvolvedores e a própria escalabilidade do projeto. Imagine que um novo desenvolvedor precisa mergulhar no seu código. Se ele estiver cheio de camadas complexas e intricadas, esse processo pode se tornar confuso, levando mais tempo e causando mais erros. Manter o código claro e direto ao ponto é um favor que você faz tanto para você mesmo quanto para o time.
Evite o "código Frankenstein"
Você já olhou para um código tão cheio de condições, loops e cálculos desnecessários que parece mais um monstro de várias partes coladas do que um software funcional? Isso é o que acontece quando deixamos a complexidade dominar. Cada adição de complexidade pode ser uma nova camada de dificuldade e potencial para bugs. O segredo está em resolver o problema com a solução mais simples que funcione.
Exemplo prático:
Imagina que você está desenvolvendo a funcionalidade de processamento de inscrição dos alunos da formação fullstack da Rocketseat. Se você colocar tudo em uma única função gigante, o código vai ficar difícil de testar e atualizar, fora que ninguém vai querer mexer nele no futuro. Olha só:
// Código complexo function processarInscricao(aluno, curso, desconto) { if (aluno.vip && desconto > 0) { // Aplica desconto } // Processa a inscrição // Envia e-mail de confirmação // Atualiza o número de vagas do curso }
Agora, vamos simplificar e aplicar o KISS:
// Código simplificado usando funções menores e mais claras function aplicarDesconto(aluno, desconto) { if (aluno.vip && desconto > 0) { // Aplica desconto } } function processarInscricao(curso) { // Processa a inscrição no curso } function enviarConfirmacao(aluno) { // Envia e-mail de confirmação para o aluno } function atualizarVagas(curso) { // Atualiza o número de vagas disponíveis no curso }
Olha como o código ficou mais modular e fácil de entender! Cada função tem uma única responsabilidade, o que facilita muito na hora de testar e reutilizar em outras partes do sistema. Sem contar que, se você precisar atualizar algo, já sabe exatamente onde mexer.
O KISS é mais do que uma recomendação, é um dos pilares de boas práticas no desenvolvimento. Ele impacta diretamente na escalabilidade do código, na facilidade de testes e no trabalho em equipe. Quando você adota o KISS, você evita dores de cabeça futuras e garante que qualquer dev que coloque as mãos no seu código vai entender e manter com facilidade.
Viu como ficou mais simples e eficiente? Seguindo o KISS, você constrói um código que cresce junto com o projeto, sem se tornar um obstáculo.
2. DRY (Don't repeat yourself)
Bora falar de DRY, que é mais um princípio que você precisa conhecer. E olha, é bem simples: não se repita. Se você já escreveu o mesmo código em dois ou mais locais, é um baita sinal de alerta! Tá na hora de parar e repensar, porque toda vez que você duplica código, você duplica trabalho quando precisar mudar alguma coisa depois, e ainda corre mais risco de deixar passar uns bugs.
Imagina só: você escreveu a mesma coisa em vários lugares, aí um dia alguém fala “Ei, precisamos mudar isso aí!”... E lá vai você caçando onde tem que fazer essa alteração, um por um. Fala sério, né…
Exemplo prático:
Sabe aquele momento em que você está copiando e colando código, achando que está ganhando tempo? Pois é, na real, isso é um sinal vermelho. O que você deveria fazer é pegar esse código duplicado e transformar em uma função reutilizável.
Vamos imaginar que você está criando a funcionalidade de exibir uma mensagem de erro para os alunos que tentam se inscrever na formação fullstack e têm algum problema com o pagamento ou com o envio do formulário. Em vez de repetir o código de exibição de erro em cada cenário, você pode simplificar:
// Código duplicado function exibirErroDePagamento() { console.log('Erro ao processar pagamento na formação fullstack.'); } function exibirErroDeFormulario() { console.log('Erro ao enviar o formulário de inscrição.'); }
Percebeu a repetição? Toda vez que você precisar exibir uma mensagem de erro, tem que criar uma nova função... Vamos resolver isso aplicando o DRY:
// Aplicando DRY function exibirMensagemDeErro(mensagem) { console.log(mensagem); } exibirMensagemDeErro('Erro ao processar pagamento na formação fullstack.'); exibirMensagemDeErro('Erro ao enviar o formulário de inscrição.');
Muito mais limpo, né? Agora, sempre que precisar exibir uma mensagem de erro, você só chama essa função e passa a mensagem que quiser. Fácil de alterar, fácil de manter e, claro, sem repetição!
Com o DRY, você centraliza a lógica do seu código, economiza tempo e evita aquele caos de ter código duplicado por todo lado. E aí, na próxima vez que precisar fazer uma alteração, é só ajustar em um único lugar e pronto!
3. Falhe rápido
Esse aqui pode parecer meio estranho de cara, mas confia em mim: falhe rápido! E o que isso significa? Simples! Em vez de tentar evitar qualquer erro a todo custo, você tem que identificar e tratar os bugs o mais cedo possível. Quanto mais cedo você encontrar o erro, mais fácil vai ser de corrigir e evitar que ele cause um problemão lá na frente.
Na real, os bugs não são seus inimigos — são oportunidades de aprendizado. Quando você detecta um erro rapidamente, você melhora seu código e evita dores de cabeça no futuro. O segredo aqui é: monitore e teste seu código constantemente para pegar qualquer problema logo no começo.
Imagina que você tá criando uma função na Rocketseat pra processar a inscrição de um novo aluno. Se você tenta enfiar tudo em uma única função gigante, vai ter vários pontos de falha e vai ser difícil descobrir onde o problema tá acontecendo.
Exemplo prático:
Vamos supor que você tá validando a entrada de um pedido do usuário. Olha só como você pode garantir que, se algo der errado, o código já "falha" logo de cara:
function processarInscricao() { validarDadosAluno(); confirmarPagamento(); enviarEmailConfirmacao(); } function validarDadosAluno() { if (!dadosAluno.saoValidos) throw new Error("Dados do aluno inválidos"); } function confirmarPagamento() { if (!pagamento.autorizado) throw new Error("Pagamento não autorizado"); } function enviarEmailConfirmacao() { // Envia o e-mail de confirmação }
Aqui, cada etapa do processo está separada, e se algo der errado, você vai saber exatamente onde foi o problema. Se os dados do aluno estiverem errados, a validação já falha logo de cara. Se o pagamento não for autorizado, você trata isso ali mesmo.
Isso não só ajuda a encontrar os bugs mais rápido, como também te dá muito mais controle e clareza sobre cada etapa do processo. É como ter um superpoder de depuração!
4. Composição sobre herança
Composição é o segredo pra deixar seu código flexível e fácil de manter. Mas calma lá, não tô dizendo que herança é sempre ruim. Ela pode ser útil quando faz sentido, tipo quando você tem uma relação clara de "é um" entre as classes. O problema é quando a gente usa herança demais e acaba criando hierarquias complexas que só dão dor de cabeça na hora de manter.
A ideia aqui é preferir composição quando possível. Com isso, você junta pequenos pedaços de código que fazem uma coisa só e combina eles do jeito que precisar. Isso dá muito mais flexibilidade e evita aquele acoplamento forte que a herança pode causar.
Trade-offs entre composição e herança:
- Herança:
- Benefícios:
- Reutilização de código comum entre classes.
- Estrutura hierárquica clara quando há uma relação "é um".
- Limitações:
- Pode levar a hierarquias rígidas e difíceis de modificar.
- Dificulta a mudança de comportamento em tempo de execução.
- Composição:
- Benefícios:
- Maior flexibilidade ao combinar comportamentos.
- Facilita a manutenção e extensão do código.
- Limitações:
- Pode exigir mais código para delegar funcionalidades.
- Requer um design cuidadoso pra evitar acoplamentos desnecessários.
Exemplo prático:
Imagina que você tá criando a estrutura de um curso na Rocketseat.
Usando herança onde faz sentido:
// Usando herança class Curso { iniciar() { console.log("Curso iniciado!"); } } class CursoOnline extends Curso { emitirCertificado() { console.log("Certificado emitido."); } } const cursoReact = new CursoOnline(); cursoReact.iniciar(); cursoReact.emitirCertificado();
Aqui, a herança faz sentido porque umCursoOnline
é um Curso, e estamos reutilizando o métodoiniciar
.
Usando composição pra maior flexibilidade:
// Usando composição class Curso { constructor(nome, certificacao) { this.nome = nome; this.certificacao = certificacao; } iniciar() { console.log(`${this.nome} iniciado!`); } emitirCertificado() { if (this.certificacao) { this.certificacao.emitir(this); } else { console.log("Este curso não oferece certificação."); } } } class Certificacao { emitir(curso) { console.log(`Certificado do curso de ${curso.nome} emitido.`); } } const certificacao = new Certificacao(); const cursoReact = new Curso("React", certificacao); const cursoGit = new Curso("Git", null); cursoReact.iniciar(); cursoReact.emitirCertificado(); cursoGit.iniciar(); cursoGit.emitirCertificado();
Aqui, usamos composição pra adicionar a funcionalidade de certificação apenas aos cursos que oferecem esse recurso. Isso deixa o código mais flexível e fácil de manter.
Com a composição, você mantém seu código limpo, organizado e pronto pra escalar. Cada peça faz só uma coisa, e você combina elas como quiser. Assim, fica muito mais tranquilo dar manutenção e adicionar novas funcionalidades.
5. Não otimize prematuramente
Já ouviu a frase "não coloque a carroça na frente dos bois"? É basicamente isso que esse princípio quer dizer. Não perca tempo tentando otimizar algo que ainda nem precisa. O segredo aqui é: escreva código claro primeiro, e só otimize se realmente for necessário mais tarde.
Exemplo prático:
Imagina que você está desenvolvendo uma funcionalidade pra calcular o total de uma compra, incluindo possíveis descontos. Aí você pensa: "Vou usar um algoritmo super otimizado pra melhorar a performance!" e acaba com algo assim:
// Tentativa de otimização prematura function calcularTotal(itens) { let total = 0; for (let i = 0, len = itens.length; i < len; i++) { const item = itens[i]; total += item.preco * (1 - (item.desconto || 0) / 100); } return parseFloat(total.toFixed(2)); }
Ficou bem complexo, né? Você tentou otimizar usando um loop tradicional e operações matemáticas pra ganhar microsegundos, mas será que precisava disso tudo agora? Além de ser mais difícil de entender, fica mais trabalhoso de manter.
Agora, bora simplificar e deixar o código mais claro e fácil de entender. A otimização? Deixa pra depois, se for realmente necessário.
// Código simples e claro function calcularTotal(itens) { return itens.reduce((total, item) => { const precoComDesconto = item.preco - (item.preco * (item.desconto || 0)) / 100; return total + precoComDesconto; }, 0); }
Percebeu? Mantivemos a funcionalidade de calcular o total com descontos de forma simples e direta. O código está claro e faz o que precisa. Se lá na frente a performance virar um problema, aí sim a gente pensa em otimizações.
A simplicidade no código é o caminho pra evitar dores de cabeça no futuro. Então, bora focar no que realmente importa agora e deixar a otimização pra quando (ou se) ela for necessária!
Conclusão:
Esses 5 princípios essenciais são mais do que técnicas de programação. Eles representam uma mudança de mentalidade. Quando você começa a vê-los como parte da sua jornada contínua de aprendizado, percebe que o desenvolvimento de software é muito mais do que só escrever código. É sobre resolver problemas de forma eficaz, criar soluções que vão durar e, acima de tudo, construir algo que faça diferença na vida das pessoas.
E olha, esses princípios são só a ponta do iceberg! Existem muitos outros conceitos importantes, como os princípios SOLID, Clean Code, Design Patterns, entre outros. Explorar e aplicar essas boas práticas vai enriquecer ainda mais a sua jornada como desenvolvedor.
Qual desses princípios você vai aplicar primeiro no seu próximo projeto? Vamos juntos construir um código cada vez mais limpo e eficiente!
Quer continuar evoluindo e aprender mais sobre esses conceitos na prática, dá uma olhada na formação Full-Stack da Rocketseat. Vamos transformar sua carreira juntos!
Se você quer aprofundar ainda mais seus conhecimentos e aplicar Clean Code tanto no Front-end quanto no Back-end, não deixe de conferir o material gratuito que preparamos especialmente para você: Clean Code no Front-end e no Back-end.